A soma de todos os erros transformou-se na soma de todos os medos
Passada a metade do returno do Campeonato Brasileiro da Série A, descortina-se a repetição da temporada passada na luta pelo título de campeão: Botafogo na frente, mas patinando e o Palmeiras voando baixo.
Mais emocionante é a batalha para fugir do rebaixamento, pois a partir do décimo primeiro lugar, o Criciúma, todos os times correm risco.
Claro que a torcida do Athletico está frustrada com a péssima campanha do time desde que Cuca pediu demissão e a diretoria não demonstrou interesse e muito menos habilidade para contornar a crise e tentar manter um dos técnicos mais vitoriosos nos últimos anos.
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Em intermitente ritmo de troca-troca de treinadores, o Furacão acabou eliminado da Copa do Brasil, pelo Vasco, e da Copa Sul-Americana, pelo Racing, restando a desesperada luta contra o rebaixamento no Brasileirão.
O investimento foi alto para os padrões do clube, porém os cartolas e executivos se fartaram de cometer equívocos na escolha de profissionais para a comissão técnica e na formação do elenco dos jogadores.
Athletico atual é o pior da história recente
Pelo que apresentou nesses dez meses o atual é o pior time formado pelo Athletico na história recente, com falta de critério na contratação de reforços para todos os setores. Para aumentar o grau de infelicidade o craque Fernandinho lesionou-se e com ele desapareceu toda a criatividade que existia na soma de vitórias e pontos nos bons tempos de Cuca no comando.
Muitos estrangeiros foram contratados e a falta de comprometimento com os objetivos do clube no ano do seu centenário foi por mim denunciada há alguns meses.
Basta assistir aos jogos e observar o comportamento da quase totalidade dos gringos, que parecem ouvir mais os seus agentes do que os executivos do clube. Mesmo quando demonstram vontade de acertar acabam falhando, por falta de maiores recursos técnicos ou apenas de confiança.
Porém, a chance de livrar-se do pior existe. Se conseguiu empatar com o Corinthians durante a última partida é sinal de que nem tudo está perdido, pois aquele jogo foi atípico com gols do adversário marcados em chutes certeiros de longa distância.
A soma de todos os erros transformou-se na soma de todos os medos.
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