Eii!Acesse o canal da TV RIO GRANDE no WhatsAppVer
Out 22, 2024
Finanças Pessoais

Vendas do comércio eletrônico saltam 286% em 7 anos; veja Estados que mais cresceram

  • Outubro 22, 2024
  • 4 min leitura
Vendas do comércio eletrônico saltam 286% em 7 anos; veja Estados que mais cresceram

O comércio eletrônico caiu no gosto dos brasileiros. Nos últimos sete anos, as vendas do e-commerce brasileiro subiram 286,7%, saltando de R$ 53 bilhões em receitas em 2016 para R$ 205 bilhões no ano passado, considerando o preço de agosto de 2024. É o que revela levantamento realizado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), publicado com exclusividade pelo InfoMoney.

A pesquisa revela ainda que Alagoas, Goiás e Mato Grosso foram os que mais cresceram no Brasil, em termos de consumo. Na outra ponta, os Estados do Acre e Mato Grosso do Sul apresentaram os saltos mais tímidos do período.

Em Alagoas, as vendas do comércio eletrônico movimentaram de pouco mais de R$ 383 milhões, em 2016, para R$ 2 bilhões, em 2023, alta de 436,9%. Em Goiás, por sua vez, a expansão é ainda mais impactante, considerando os valores envolvidos: de R$ 1,2 bilhão, no primeiro período, para R$ 6,2 bilhões, no ano passado, representando uma elevação de 399% nesse mercado. No Mato Grosso, que completa esse pódio, a subida foi de cerca de 374%.

Já o Acre apontou o pior desempenho, com um crescimento de 170% em sete anos (de R$ 101 milhões para R$ 274 milhões), ficando à frente só de Roraima, que faturou R$ 206,3 milhões em 2023.

Segundo a FecomercioSP, nenhum estado do Norte alcança R$ 1 bilhão em vendas online desde 2016, muito em decorrência de problemas logísticos, como estradas ruins e poucos acessos, especialmente nas áreas rurais, o que encarece o frete e torna os produtos menos competitivos.

Os números do Rio de Janeiro chamaram a atenção. Apesar ser o terceiro maior mercado consumidor do comércio eletrônico brasileiro, com quase 10% de participação entre todas as vendas do País, as receitas do estado subiram 226%, entre 2016 e 2023, bem abaixo da média nacional (286,7%).

Em nota, a federação considera que a insegurança logística tem um peso decisivo nessa conjuntura, já que o excesso de ocorrências envolvendo cargas roubadas limita o envio de mercadorias, sobretudo para a capital, também encarecendo o frete.

Compras do e-commerce brasileiro por estados (2016-2023)
Valores em milhões a preços de agosto de 2024

Estado 2016 2023 Variação
SP 17.376,40 67.041,10 285,8%
MG 5.848,70 23.101,30 295,0%
RJ 6.108,50 19.910,00 226,1%
RS 3.570,70 12.424,20 248,0%
PR 3.272.60 12.059,10 268,5%
SC 2.457,80 9.936,80 305,4%
BA 2.035,90 9.599,20 371,5%
GO 1.245,90 6.264,70 399,2%
PE 1.326,80 5.928,10 346,8%
CE 1.021,20 4.699,10 360,1%
DF 1.193,70 4.319,30 261,8%
ES 1.036,00 4.041,00 290,0%
MT 716,90 3.403,00 374,7%
MS 1.206,00 3.370,40 179,5%
PA 755,80 3.187,00 321,6%
PB 606,9 2.413,40 297,7%
MA 572,40 2.385,50 316,6%
RN 479,50 2.219,80 363,0%
AL 383,10 2.056,50 436,9%
PI 471,10 1.728,70 267,0%
SE 330,60 1.527,70 362,0%
RO 280,60 979,60 249,1%
AM 255,30 966,60 278,8%
TO 244,40 800,50 227,5%
AC 101,30 274,20 170,7%
AP 63,70 208,30 227,0%
RR 60,90 206,30 238,8%
BRASIL 53.031,70 205.089,60 286,7%
FecomercioSP

Crescimento anual
Após o salto na pandemia, quando o setor chegou a crescer 80,9% no País, entre 2019 e 2020, as taxas de elevação das vendas têm arrefecido anualmente, mas sustentando o mesmo patamar desde então.

Para se ter uma ideia, em 2021, a alta foi de 34,1% na comparação ao ano anterior; em 2022, de 9,9%; e no ano passado, foi de apenas 0,2%.

Perspectivas

O comércio eletrônico brasileiro vendeu, em 2023, o maior montante da sua história, segundo estudo FecomercioSP. No total, as receitas somaram R$ 205,1 bilhões — expansão de 0,2% em relação ao ano anterior. Para a entidade, havia espaço para uma alta mais forte no ano passado, o que não se confirmou por uma série de fatores, desde a conjuntura econômica — marcada pela inadimplência da população e por juros altos, que encareceram a tomada de crédito — até a desconfiança que o setor passou a viver em meio à crise das Lojas Americanas.

“Como esse contexto mudou em 2024, a previsão é de que o comércio eletrônico volte a registrar um número recorde de vendas ao fim deste ano. Conta para esse otimismo, por exemplo, a elevação das receitas do varejo físico no primeiro semestre (5,1%), aliada a uma inflação controlada, uma taxa de desemprego baixíssima (6,6% no trimestre encerrado em agosto, segundo o IBGE) e, por consequência, uma massa de renda maior das famílias”, diz a entidade em nota.

Fonte: InfoMoney

Fique por dentro de TUDO!

Digite seu email para receber grandes novidades e notícias em PRIMEIRA MÃO!