Venda do Chrome não seria suficiente para reduzir o monopólio do Google, afirma Wired
Uma matéria recente publicada pela Wired destaca os esforços contínuos do Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) para limitar o domínio do Google sobre o mercado de buscas, incluindo propostas ousadas como a venda do navegador Chrome e o fim de parcerias bilionárias, como a que torna o Google o buscador padrão em dispositivos da Apple.
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No entanto, a publicação sugere que essas medidas podem não ser suficientes para alterar significativamente o cenário competitivo.
A reportagem aponta que o governo busca “desmembrar” a influência do Google, forçando mudanças estruturais que incluem, além da venda do Chrome, a abertura de sua base de dados de buscas para concorrentes e o fim de práticas que favorecem seus próprios serviços.
Segundo o Wired, a intenção é redistribuir poder no setor de buscas e publicidade digital, mas os desafios técnicos e legais podem atrasar ou até limitar o impacto dessas intervenções.
Ex-executivos do Google entrevistados pela Wired divergem quanto à eficácia dessas propostas.
Enquanto alguns acreditam que apenas a inovação de rivais poderia enfraquecer o domínio do Google, outros argumentam que a estrutura atual da empresa inibe avanços significativos, priorizando interesses comerciais sobre melhorias nos produtos, como o Chrome.
O que levanta dúvidas sobre o quão longe as intervenções governamentais podem realmente ir para mudar o comportamento dos usuários e fomentar a competitividade.
Apesar das incertezas, a matéria também traz otimismo por parte de empresas concorrentes. Guillermo Rauch, CEO da Vercel, defende que a transferência do Chrome para uma entidade neutra, como uma organização sem fins lucrativos, abriria novas possibilidades para o mercado.
No entanto, a Wired conclui que o domínio do Google não será superado por ações legais isoladas, mas possivelmente por novas tecnologias, como IA generativa, que podem redefinir o conceito de busca na web.