Sabotado? Moicano se revolta com ranking atualizado do UFC
Os rankings oficiais do UFC foram atualizados nesta terça-feira (1º), após os resultados do UFC Paris, e Renato Moicano, que venceu a luta principal, se revoltou por não ter subido de posição.
O brasiliense derrotou o favorito Benoit Saint Denis por nocaute médico entre o segundo e o terceiro round, já que o francês estava muito machucado e não conseguia enxergar de um dos olhos por causa do inchaço causado pelas pancadas que recebeu.
Apesar da atuação brutal, Moicano permaneceu em 11º lugar no ranking dos pesos-leves, e não foi só isso que o deixou incomodado; Saint Denis não caiu de posição mesmo com a segunda derrota consecutiva.
“Essa é a primeira vez que vejo alguém destruir seu oponente e não subir no ranking. Acho que os jornalistas do MMA amam [Emmanuel] Macron também”, provocou ele, em seu perfil no X (antigo Twitter).
Renato estava se referindo ao seu discurso contra o presidente da França logo após a vitória por nocaute, ainda em cima do octógono. Moicano acredita que deveria ter subido para a 6ª colocação depois da luta.
“Eu já estava sentindo que não ia acontecer, não iriam me subir e nem descer o Saint Denis. E foi exatamente o que aconteceu”, disse ele, em seu canal no YouTube.
O brasileiro ainda explorou cada nome do ranking peso-leve da 11ª até a 6ª posição para argumentar que merecia ter subido. Veja abaixo as explicações dele:
- 10º – Max Holloway: não tem feito lutas na categoria peso-leve e vai disputar o cinturão peso-pena
- 9º – Rafael Fiziev: vem de duas derrotas, está lesionado e há quase um ano sem lutar, sem previsão de retorno
- 8º – Mateusz Gamrot: vem de derrota
- 7º – Beneil Dariush: vem de duas derrotas e “está velho”
- 6º – Michael Chandler: parado desde 2022 e vindo de derrota
“Como é que eu não pulo pelo menos até o Michael Chandler? Não há possibilidade de eu estar atrás dele, do Dariush, do Gamrot e do Fiziev. Não faz sentido! Os rankings não valem p*** nenhuma!”, disparou.
Renato Moicano vem de uma sequência de seis vitórias no peso-leve, sendo duas por nocaute e três por finalização antes do fim do segundo round. Ainda assim, ele não subiu no ranking.
Renato Moicano não faturou bônus
Além de não ter subido de posição no ranking peso-leve do UFC, Renato Moicano também não está entre os nomes que levaram o bônus de US$ 50 mil (R$ 273 mil, na cotação atual) por performance da noite.
O brasileiro ainda alegou que o governo francês cobrou dele um imposto dos mesmos US$ 50 mil que ele deixou de receber —por isso a revolta com Macron em cima do octógono.
“Uma taxação totalmente absurda. O UFC gera emprego, estimula o consumo e taxar de uma forma dessa faz com que eu nunca mais queira lutar na França. Todo mundo tem que pagar imposto, mas é um absurdo uma taxação dessa com um cara que não é nem cidadão do país”, disse ele.