o que o Goldman Sachs projeta para as ações após fusão com Enauta
O Goldman Sachs reiterou classificação neutra para a 3R (RRRP3) e preço-alvo de R$ 35,90 (potencial de avanço de 35% frente o fechamento anterior), após atualizar estimativas para refletir os resultados do 2º trimestre e o fechamento da fusão com a Enauta, que criou uma nova companhia avaliada em cerca de R$ 12,4 bilhões.
Segundo o relatório, a atualização ainda não reflete os possíveis ganhos de sinergia decorrentes da fusão, dado a visibilidade limitada sobre o timing efetivo para capturar esses ganhos. Portanto, destaca que o modelo atualizado incorpora apenas os números pró-forma da Enauta.
O banco acredita que uma produção consolidada maior poderia levar a melhores condições comerciais e economia de custos. “Isso incluiria i) uma melhor comercialização dos offtakes (ou um contrato de compra mínima garantida, com uma maior escala que poderia levar a menores descontos em relação ao Brent), ii) redução nos custos de lifting (maior escala poderia diluir os custos fixos) e iii) economias em capex (também considerando melhores condições com fornecedores)”, explica o banco.
Além disso, o Goldman Sachs disse que a fusão também poderia levar à redução de redundâncias administrativas, o que poderia reduzir os custos unitários de despesas administrativas. Como referência, durante sua última teleconferência de resultados, a administração da Enauta afirmou que as sinergias comerciais poderiam ser capturadas entre 12 a 24 meses após o fechamento.
Nesse contexto, os analistas esperam que o foco do mercado daqui para frente permaneça em torno do tamanho e o timing das sinergias, bem como o desempenho operacional (principalmente o crescimento) dos principais ativos que estão em fase de aumento de produção.
O banco ainda reconhece uma sólida perspectiva de crescimento na produção de Papa Terra nos próximos meses, bem como uma melhora no perfil de fluxo de caixa livre (FCF) no futuro próximo, como resultado do forte fluxo de caixa livre do Atlanta, principalmente a partir de 2025.