O Furacão que se cuide. O time do presidente da CBF tornou-se perigoso
Contra o Cruzeiro, o Athletico jogou com muita emoção, com o acaso e com pouca razão. Com esses componentes, contra um adversário reserva, poupando-se para a semifinal continental, e com dez jogadores desde os três segundos, cravou fácil: 3×0.
Contra o Vitória, um “jogo de pontos infinitos”, o Athletico terá que jogar mais com a razão. O acaso não tem contrato com nenhum clube. Não estando na essência das coisas, pode ser infiel e desleal. De repente, pode voltar à Baixada, mas de mãos dadas com os baianos.
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O Vitória não é flor que se cheire. Nesse campeonato, já teve mais cara de Segundona. Com o comando de Thiago Carpini, ganhou correções e, dentro das suas limitações, anda encarando e vencendo gente grande. Melhorou tanto, que está conseguindo ser sofrível tanto quanto ao Furacão e ao Corinthians, os dois grandes que estão apavorados com a zona.
E, se não bastasse, o “Leão da Barra” provoca sentimentos profundos no presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. É uma das explicações para que direta ou indiretamente, alguns erros de arbitragem de campo e de vídeo andem coincidindo com os interesses do Vitória. Suspender árbitro depois do erro, não desconsidera os fatos consumados do resultado e os das suas consequências.
O Athletico de Lucho González é um enigma. É que um time que luta contra o rebaixamento deve ter alguns segredos que ele próprio desconhece. Talvez, mantendo excluídos os “gringos de Lara”, mantendo-se João Cruz e Julimar, o Furacão volte a jogar com a razão. Se não ocorrer, só restara aos atleticanos carregarem o time nas costas usando a força do coração.
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