No 1º trade fiz R$ 4 mil, sorte de iniciante; depois vi a loucura que fiz, diz trader
Primeiro fez um curso na PUC de São Paulo de princípios do mercado financeiro. “Coisa bem básica”, resume Meire Lúcia, sobre o seu início no trade. “Depois fui fazendo outros cursos, comecei a estudar”, acrescenta.
Segundo ela, o primeiro contato mesmo com o mercado financeiro foi quando trabalhava no Banco do Brasil. “Depois saí do banco, fui trabalhar na indústria química, algo completamente diferente do mercado”, diz.
“Me ajudou bastante (trabalhar no banco) porque conheci o mercado acionário. Não conhecia o day trade em si, mas tinha noção dos fundamentos do mercado”, afirma. Há dois anos ela concilia a vida de empresária do ramo de produtos automotivos com o day trade.
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Mae de dois filhos
Mãe de dois filhos, um de 20 outro de 23 anos, Meire Lúcia participou do programa Gain Delas, no canal Gain Cast. “Um dia deu vontade de voltar ao mercado financeiro que é uma coisa que sempre gostei”, diz.
“Fazia no simulador. A primeira vez que operei na vida real não tinha a menor noção que estava fazendo”, conta.
“Coloquei 100 contratos de índice no primeiro dia, na primeira vez. Deu tudo certo e fiz 4 K (4 mil reais). Mas foi sorte de iniciante. Depois vi a loucura que tinha feito, vi que não podia ser assim. Daí eu comecei a estudar mais e a fazer tudo de forma mais tranquila.”
Coloquei 100 contratos de índice no primeiro dia, na primeira vez. Graças a Deus deu certo, fiz 4 K (4 mil reais). Mas foi sorte de iniciante. Depois vi a loucura que tinha feito, vi que não podia ser assim. Daí eu comecei a estudar mais e a fazer tudo de forma mais tranquila.
Meire diz que esse acontecimento foi o suficiente para perceber que “não era daquele jeito” e que tinha que aprender uma metodologia para ser consistente.
Dia de sorte
“Na primeira experiência ganhei quatro mil reais, nos outros dias ganhava menos, nunca eram (valores) suficientes. Esse trabalho mental que a gente tem que fazer, de ganhar menos e ganhar todo dia, é uma coisa que ainda estou tentando dominar (no mental)”, explica.
“Já tive quedas, mas não foi nada grande, nada que me machucasse muito”, acrescenta. Mas lembra que teve dias que perdeu e disse para si mesmo que nunca mais voltaria para o mercado. “Aí passava uns dias e vou eu lá de novo. A gente começa a se recuperar (financeiramente) e vai indo”, afirma.
Hoje, ela tem um valor definido que pode perder no dia. “Hoje faço meu gerenciamento dessa forma. Hoje, coloco 30, 40 contratos por dia”, diz.
Análise gráfica
A trader faz suas operações com análise gráfica. “Analiso bem eles”, diz. “Comecei analisando gráfico. Só analiso candlesticks (movimento do mercado). Olho um pouco o fluxo. Mas o que gosto mesmo é analisar o gráfico”, diz.
Ela conta que foi à Expert XP 2024 a convite da Dom Investimentos. “Não ia participar de nada”, recorda. Mas quando chegou lá, ficou sabendo que foi inscrita no Campeonato de Day Trade na Arena Trade.
Ela diz que comentou com as pessoas que era iniciante no trade, mas resolver participar da competição. E acabou vencendo uma bateria ao ter o maior ganho entre os competidores, indo à final.
“Desde o início meu foco foi financeiro. Estou aqui para ganhar dinheiro. Comecei devagar, ganhei um pouco de confiança. Como não tenho muito tempo, preciso cuidar de uma empresa e outros negócios, faço operações tranquilas”, explica. “Mas estou estudando ainda, fazendo cursos, me aprimorando”, complementa.
Carteira de longo prazo
“Então resolvi fazer as duas pontas: o meu lado investidor, que é realmente forte, porque prezo muito pela segurança, e o meu lado aventureira, que é o day trade”, pontua.
Todo dinheiro que ganha da empresa faz investimentos de longo prazo – 60% em renda fixa e os outros 40% estão divididos entre fundos e ações. Com outras rendas ela faz day trade.
“Opero na parte da manhã. Gosto muito da abertura do mercado porque a volatilidade é maior nesse período. Opero dólar e índice. O dólar é bem técnico e mais fácil de operar. E o índice é mais volátil. Então, para operações mais curtas, o índice é melhor fazer”, sugere.
“Começo meu dia analisando os gráficos do dia anterior, antes da abertura do mercado, para ver o comportamento daquele ativo”, diz. Ela costuma fazer operação por 15 minutos ganhando ou perdendo. “Se deu errado aquela operação, saio”, afirma.
“Gosto do day trade pela liberdade que ele dá, onde se consegue trabalhar onde estiver”, ressalta. “Estudar muito para saber o que está fazendo, aumentar os lotes devagar para pegar confiança e ter foco no gerenciamento. Esse é o segredo (no day trade)”, diz.