não temos nenhuma razão para desistir de colocar o Brasil em equilíbrio
O ministro Fernando Haddad (PT) reconheceu, nesta sexta-feira (30), o clima de desconfiança de agentes econômicos com a capacidade de o governo cumprir as metas fiscais estabelecidas, mas reiterou o objetivo da atual administração de equilibrar as contas públicas com medidas de ajuste combinadas a crescimento.
“Ninguém nega o desafio fiscal que o Brasil tem, até porque são 10 anos de déficit, R$ 2 trilhões acumulados. É muito dinheiro que foi gasto esse tempo todo. Então, é natural que o mercado duvide da capacidade do Estado de se reorganizar”, afirmou.
“Mas se você for pegar as projeções do mercado e o que está sendo entregue, todo ano a gente entrega dados melhores, todo ano os resultados são melhores. E vai continuar assim. Não temos nenhuma razão para desistir de colocar o Brasil num patamar de equilíbrio com sustentabilidade para ter crescimento e baixa inflação. É o desejo de qualquer governo de qualquer país”, continuou.
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O ministro falou com o InfoMoney após participar do painel “Cenário Econômico no Brasil: desafios da gestão fiscal e perspectivas de crescimento” pela Expert XP 2024.
Durante a conversa, Haddad também defendeu a importância de um olhar atento para medidas que gerem crescimento econômico − inclusive para equilibrar a dívida pública. “O crescimento é fator essencial para a estabilidade da dívida. É muito difícil um país estabilizar a dívida sem crescimento”, disse.
“Veja nossos vizinhos em recessão, baixo crescimento, como eles têm dificuldade. O fato de termos demonstrado potencial de crescimento da economia brasileira é superior ao que vinha sendo dito deveria confortar as pessoas de que temos possibilidades concretas de equilibrar o jogo”, complementou.
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