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Setembro 19, 2024
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Metade dos FIIs paga dividendos acima do CDI com Selic em 10,50%; veja lista

  • Agosto 1, 2024
  • 3 min leitura
Metade dos FIIs paga dividendos acima do CDI com Selic em 10,50%; veja lista

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 10,50%, patamar que deixa o número de fundos imobiliários que paga dividendos acima do CDI em número que equivale a praticamente a metade dos principais da Bolsa.

Levantamento da Economatica mostra que pelo menos 54 fundos imobiliários têm dividend yield (taxa de retorno com dividendos) acima de 10,40% – taxa do CDI, que acompanha de perto a Selic e serve de referência para as aplicações de renda fixa.

O levantamento toma como base apenas os 112 FIIs que compõem o Ifix – índice dos fundos mais negociados na Bolsa – e considera apenas os fundos com desempenho positivo nos últimos 12 meses.
O FII de hotel Maxinvest (HMTX11) entrega o melhor dividend yield, de 22,20% nos últimos 12 meses, seguido pelo fundo de recebíveis imobiliários CACR11, com 15,80%.

Confira a relação completa de FIIs que pagam dividendos acima do CDI:

Ticker Dividend Yield 12 Meses (%)
HTMX11 22,20
CACR11 15,80
RZAK11 14,77
MFII11 14,30
VGIR11 14,24
CYCR11 13,77
RZAT11 13,48
TGAR11 13,38
URPR11 13,27
RBRX11 13,20
ARRI11 13,13
MCHY11 13,09
HABT11 13,03
RZTR11 12,90
PORD11 12,85
KNHY11 12,77
WHGR11 12,75
KNCR11 12,74
RBRY11 12,69
NCHB11 12,67
AIEC11 12,57
SPXS11 12,48
XPCI11 12,45
VGHF11 12,38
AFHI11 12,30
BTCI11 12,20
JSAF11 12,15
MXRF11 11,97
BCRI11 11,78
HSAF11 11,70
CVBI11 11,68
SNCI11 11,61
OUJP11 11,55
DEVA11 11,53
VCJR11 11,50
TVRI11 11,49
SNFF11 11,44
PLCR11 11,42
RECR11 11,38
GTWR11 11,29
HGCR11 11,24
VGIP11 11,23
GARE11 11,17
MCCI11 11,02
RBVA11 11,00
KCRE11 10,97
TEPP11 10,94
XPSF11 10,86
CPFF11 10,83
KNSC11 10,83
VSLH11 10,82
IRDM11 10,66
FATN11 10,51
RVBI11 10,48
Fonte: Economatica

Embora seja comum, a comparação entre a taxa Selic e os dividendos pagos pelos fundos imobiliários não é a mais apropriada, segundo especialistas. Para investidores que buscam gerar renda passiva e recorrente, eles recomendam a comparação com a curva de juros de longo prazo, representada pelos rendimentos de títulos públicos do Tesouro Direto.

O que esperar para os FIIs agora?

A manutenção das taxas de juros dificultam o chamado yield compression (ganho com a compressão das taxas de retorno exigida dos ativos), um importante driver de retorno para FIIs, segundo o especialista em investimentos Felipe Martins Passero. No entanto, falou, existe uma discussão no mercado de uma possível alta de juros até o final do ano, e as curvas de pré-fixado refletem essa possibilidade.

“Em agosto o mercado deve ficar em compasso de espera, exceto em casos específicos de negociação de compra e venda de ativos. Uma alta de juros, ou manutenção das taxas, pode representar um desafio a mais para algumas empresas que emitiram CRIs para os fundos de papel, já que estas duas situações aumentam a probabilidade de default das empresas”, falou.

Passero disse que o investidor precisa ser mais cuidadoso na escolha dos fundos de papel, evitando fundos com portfólio concentrado ou com muita exposição a empresas high yield (alto risco e alto retorno). Fundos indexados ao CDI, disse, podem ter uma performance melhor num cenário de alta de juros.

“Hoje a taxa de juros não é restritiva o suficiente para desaquecer as vendas do setor imobiliário residencial, de modo que fundos de incorporação ainda não preocupam. Porém, caso tenhamos alta de juros, pode ser que as taxas de juros entrem num nível capaz de desacelerar a venda de imóveis novos. Para os fundos de tijolo é importante evitar fundos com alavancagem alta, com relação entre dívida e ativos superior a 30%”.