Marçal provoca “o tempo todo” e Datena “não tinha alternativa”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou as críticas ao candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (SP), Pablo Marçal, e defendeu o apresentador José Luiz Datena (PSDB) no episódio da cadeirada durante debate na TV Cultura, no último domingo (15).
Na ocasião, Datena partiu para cima de Marçal após o empresário e influenciador ter acusado o tucano de assediar sexualmente uma ex-funcionária da TV Bandeirantes. O caso foi arquivado pelo Ministério Público.
Depois da agressão, Datena foi expulso do debate, e Marçal, levado diretamente para o hospital.
“Essa bronca aí do Marçal com o Datena é lamentável sob todos os aspectos. Mas o Marçal provocou o Datena o tempo todo, com questões, realmente, que mexeram com a honra do Datena”, afirmou Bolsonaro, nesta sexta-feira (20), em entrevista à Rádio Auriverde Brasil.
O ex-presidente também criticou o empresário e influenciador pelo comportamento agressivo durante os debates da campanha eleitoral paulistana deste ano.
“Eu vejo o Pablo Marçal com palavras esquisitas, ofensivas, chamando de apelido. Não é assim que a banda toca. ‘Vamos lá na pancada’, ‘vamos resolver esse assunto’, ‘frouxo’, não sei o quê, ‘covarde’, ‘omisso’… É o que o Pablo Marçal usa o tempo todo, né? E usa certas coisas que eu jamais usei”, disse Bolsonaro.
“A cadeirada que ele levou, se foi merecida ou não, cada um julga como bem entender. Não achei justa, mas, como ser humano, eu entendi o Datena fazer aquilo. Não tinha mais alternativa”, completou.
Mais cedo, em vídeo compartilhado nas redes sociais, o ex-presidente já havia criticado Marçal pela comparação feita pelo candidato do PRTB entre a cadeirada que levou de Datena e a facada desferida contra Bolsonaro, em setembro de 2018, na reta final da campanha pela Presidência da República.
“Agora, o que me deixou chocado nesse episódio é que o elemento que levou a cadeirada, que provocou, foi para as mídias sociais e comparou aquela cadeirada ao tiro no [Donald] Trump e à facada que eu levei em setembro de 2018”, criticou o ex-presidente.
“Usar um episódio desse da cadeirada que ele provocou para buscar se comparar comigo e com o Trump, para conseguir o poder, é lamentável.”