Ibovespa renova máxima histórica e supera 135 mil pontos; Vale sobe com minério
SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa subia nesta segunda-feira, renovando máxima histórica, com as ações de Bradesco (BBDC4) entre os destaques positivos após o Goldman Sachs elevar a recomendação para “compra”, enquanto os papéis da Vale eram também um suporte relevante com alta de mais de 1% na esteira do avanço do minério de ferro.
Por volta de 11h (horário de Brasília), o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, mostrava elevação de 0,87%, a 135.124 pontos, tendo chegado a 135.182,19 pontos na máxima até o momento, topo histórico intradia. O volume financeiro somava 2,14 bilhões de reais.
Na última sexta-feira, o Ibovespa também chegou a atingir recorde de pontuação intradia, mas o fôlego arrefeceu e o índice fechou com queda de 0,15%, novamente sem conseguir superar a máxima histórica de fechamento de 134.193,72 pontos registrado em 27 de dezembro de 2023.
“Na configuração atual, os indicadores apontam que a bolsa deve seguir sua tendência de alta. Mas, para tanto, é preciso que o índice supere seu topo histórico, que se mostrou uma resistência consolidada”, afirmou a equipe do BB Investimentos em nota a clientes.
“A análise gráfica nos mostra que o Ibovespa opera muito próximo ao limite superior de um canal de alta. Nesse patamar, é comum a ocorrência de curtos períodos de realização, mesmo dentro da tendência.”
A equipe do BB Investimentos também destacou que os volumes transacionados na última semana foram superiores à média das últimas semanas, também amparados pela safra de divulgação de balanços do segundo trimestre “positiva”, com o fluxo estrangeiro como principal direcionador do desempenho das ações.
DESTAQUES
- VALE ON (VALE3) tinha elevação de 1,36%, favorecida pelo avanço dos futuros do minério de ferro na Ásia, onde o contrato mais negociado em Dalian, na China, encerrou as negociações do dia com alta de 0,71%, enquanto o vencimento de referência em Cingapura tinha elevação de 0,34%.
- BRADESCO PN (BBDC4) subia 2,4%, endossado por “upgrade” do Goldman Sachs, que elevou a recomendação das ações para “compra”, bem como o preço-alvo de 14 para 17,50 reais, além de estimativas para os lucros em 2025 e 2026. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 0,52%.
- MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) avançava 4,85%, tendo como pano de fundo carta da gestora Squadra aos cotistas citando que encerrou posição “short” (vendida) no setor de varejo, que incluía a ação da companhia. No mesmo contexto, CASAS BAHIA ON (BHIA3), que não está no Ibovespa, saltava 7,51%.
- MARFRIG ON (MRFG3) subia 5,74%, tendo no radar anúncio de emissão de 500 milhões de reais em debêntures na última sexta-feira.
- PETROBRAS PN (PETR4) ganhava 0,42%, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era negociado em baixa de 0,15%. No setor, 3R PETROLEUM ON (RRRP3) recuava 0,46%, com agentes financeiros também avaliando dados de produção de julho.
- COGNA ON (COGN3) avançava 3,76%, tendo como pano de fundo autorização do Ministério da Educação para o início das atividades do curso de graduação em Medicina pela Faculdade Anhanguera São Luís, no Maranhão. O curso superior possui 60 vagas totais anuais a serem ofertadas pela faculdade.
- CARREFOUR BRASIL ON (CRFB3) perdia 2,27%, em sessão negativa para o setor no Ibovespa, com ASSAÍ ON (ASAI3) sendo negociado em baixa de 0,39%, enquanto GPA (PCAR3) ON mostrava estabilidade.