Ibovespa Futuro acompanha exterior e opera em baixa após dados de emprego nos EUA
O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (2), acompanhando movimento de maior aversão ao risco, que se iniciou na véspera, em meio ao aumento das preocupações sobre geopolítica, saúde da economia americana e as perspectivas para as empresas após resultados fracos da Amazon e da Intel.
O relatório de emprego (payroll) mostrou que a maior economia do mundo criou 114 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de julho, menos que o esperado pelos analistas. A estimativa dos analistas, de acordo com consenso LSEG, era de criação de 175 mil vagas no mês.
A taxa de desemprego ficou em 4,3%, acima dos 4,1% do mês anterior. A taxa esperada pelos analistas era estável em 4,1%.
Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda no Ceará, onde participa de cerimônia de assinatura do Programa Mover e anuncia expansão do Programa Pé-de-Meia.
Enquanto isso, a produção industrial brasileira se recuperou do tombo de 0,9% em maio e cresceu 4,1% em junho. Foi o resultado positivo mais intenso desde julho de 2020 (9,1%) e eliminou a perda de 1,8% acumulada no período abril-maio de 2024.
A alta superou o consenso LSEG de analistas, que previa crescimento de 2,4% na comparação mensal.
Às 9h41 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto recuava 0,15%, aos 127.480 pontos.
Em Wall Street, Dow Jones Futuro operava com baixa de 1,19%, S&P500 caía 1,61% e Nasdaq Futuro recuava 2,29%.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar comercial operava com alta de 0,68%, cotado a R$ 5,774 na compra e R$ 5,775 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,20%, indo aos 5.783 pontos.
No mercado de commodities, os preços do petróleo operam em alta, mas devem registrar o quarto declínio semanal, já que os sinais de crescimento decepcionante da demanda global por combustível superaram os temores de interrupções no fornecimento na principal região de produção do Oriente Médio.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, mas encerrou com uma perda semanal, enquanto os traders avaliavam as consequências de uma onda de cortes de produção nas siderúrgicas chinesas em meio ao mercado de aço vacilante do principal consumidor.
Os mercados asiáticos fecharam com baixa após uma liquidação em Wall Street durante a noite devido a preocupações com a recessão. O Nikkei, do Japão, caiu 5,81%, fechando em 35.909 pontos, marcando seu pior dia desde março de 2020, de acordo com dados da Factset, e caindo abaixo da marca de 36.000 pela primeira vez desde janeiro.