Google reage com indignação a possível exigência de vender o Chrome
O Google se pronunciou contra um relatório que sugere que o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) recomendará a venda do Chrome como parte de uma ação antitruste.
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A medida, que deve ser apresentada ao tribunal nesta semana, visa reduzir o poder de mercado da gigante de tecnologia, mas a empresa alerta que isso traria sérios impactos aos consumidores, desenvolvedores e à inovação tecnológica.
O juiz Amit Mehta, responsável pelo caso, já havia determinado em agosto que o Google opera um monopólio no setor de buscas online. Desde então, o DOJ tem considerado penalidades que podem incluir a separação de produtos como Chrome, Android e Google Play.
Em resposta, a executiva do Google Lee-Anne Mulholland classificou a proposta como parte de uma “agenda radical” que ultrapassa as questões legais do caso.
Dados recentes mostram o tamanho do impacto potencial de uma cisão. O Chrome domina 64,61% do mercado global de navegadores, enquanto o Google Search mantém quase 90% das buscas realizadas mundialmente.
O juiz Mehta enfatizou que ser o mecanismo de busca padrão em navegadores como o Safari da Apple é um ativo altamente valioso para o Google, o que dificulta a entrada de concorrentes no mercado.
O Google argumenta que desmembrar produtos como Chrome ou Android “quebraria” seus modelos de negócio, encarecendo dispositivos e prejudicando a competição com empresas como a Apple.
Além disso, a companhia afirma que tal ação comprometeria a segurança do navegador e sua capacidade de oferecer inovações.
