Google é pressionado a vender o Chrome para quebrar monopólio de buscas
Em uma movimentação impactante, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) propôs que o Google seja obrigado a vender o navegador Chrome como parte das ações para restaurar a concorrência no mercado de buscas online.
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A proposta foi apresentada à Corte Distrital de DC após o juiz Amit Mehta determinar que a empresa mantém um monopólio ilegal em buscas e anúncios associados.
A separação do Android também foi levantada como uma possibilidade futura, caso outras medidas não se mostrem eficazes.
No documento protocolado, o DOJ sugere uma série de restrições para reduzir o domínio do Google. Entre as medidas, estão a proibição de acordos financeiros com fabricantes de dispositivos, como a Apple, para priorizar o Google Search, além de limitar práticas de autopreferência em plataformas como YouTube e Gemini.
O órgão também exige que o Google permita o acesso de concorrentes ao seu índice de buscas a custo marginal e compartilhe dados de buscas por até 10 anos.
Sites ainda poderiam optar por não serem incluídos em resumos de IA sem sofrer penalizações em seus rankings.
O Google, por sua vez, respondeu com um tom severo. Em uma publicação assinada por Kent Walker, diretor jurídico da Alphabet, a empresa classificou as propostas como “extremamente exageradas” e acusou o DOJ de promover “uma agenda intervencionista radical” que, segundo a empresa, poderia prejudicar a inovação e a liderança tecnológica dos EUA.
A próxima etapa do processo está marcada para abril de 2024, quando o tribunal realizará um julgamento focado nas medidas propostas para restaurar a concorrência.
A decisão será acompanhada de perto por uma nova administração do DOJ, estabelecida pelo novo presidente eleito Donald Trump, que pode influenciar os resultados finais.
Além disso, o Google enfrenta outro processo antitruste em Alexandria, Virgínia, relacionado ao seu domínio no setor de tecnologia publicitária, com argumentos finais previstos para a próxima semana.