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Setembro 17, 2024
Mercados

Fluxo estrangeiro para B3 pode ser ainda maior com “pouso suave” nos EUA, diz Morgan

  • Agosto 26, 2024
  • 3 min leitura
Fluxo estrangeiro para B3 pode ser ainda maior com “pouso suave” nos EUA, diz Morgan

Os estrangeiros seguem sendo compradores líquidos de ações brasileiras em julho e agosto, após estarem no lado vendedor durante os primeiros 6 meses do ano. Conforme destaca o Morgan Stanley, os “gringos” compraram R$ 3,6 bilhões em julho e mais R$ 7,0 bilhões até agora em agosto. Apenas na última semana de dados (de 15 a 21 de agosto), as compras líquidas de estrangeiros alcançaram R$ 4,3 bilhões, avalia o banco.

O Morgan ressalta que um potencial pouso suave na economia dos EUA poderia atrair ainda mais fluxos estrangeiros para o mercado de ações brasileiro. “Nossa equipe de economia global tem uma visão de longo prazo sobre um pouso suave na economia dos EUA e prevê um primeiro corte do Fed em setembro. As atas do FOMC [Federal Open Market Committee] divulgadas em 21 de agosto reconheceram a possibilidade do início de um ciclo de afrouxamento na próxima reunião do comitê em setembro, o que impactou o mercado de taxas futuras”, avalia o banco.

O Brasil é atualmente a maior posição overweight (exposição acima da média, equivalente à compra) do banco nos portfólios de investidores de mercados emergentes globais (GEM), à medida que eles rotacionam suas alocações fora da China e do México.

Os investidores emergentes têm uma posição overweight de cerca de 2 pontos percentuais no Brasil, a maior entre todos os países. O México costumava ser a segunda maior alocação relativa dos fundos GEM, mas perdeu essa posição para a Coreia no final de junho.

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O Morgan ressalta ter recentemente ter rebaixado o México para underweight (exposição abaixo da média do mercado) tanto no espaço da América Latina quanto no de mercados emergentes. O banco acredita que a proposta de reforma judicial não ortodoxa que o Executivo enviou ao Congresso aumenta o risco de queda e limita o capex (investimento em capital) no país.

O banco ressalta que as ações brasileiras ainda estão com um valuation atrativo. “Por exemplo, o Brasil atualmente negocia a 8,9 vezes os lucros futuros consensuais, ou -1,2 desvio-padrão abaixo da média histórica de 14 anos de 11,7 vezes. Enquanto isso, o grupo doméstico negocia a 10,8 vezes os lucros futuros, ou -0,9 desvio-padrão abaixo da média histórica de 12,6 vezes”, aponta a equipe de estrategistas.

A Genial avalia que, com os dias 15 e 21 de agosto, o mercado de ações brasileiro registrou uma entrada de capital estrangeiro que reduziu a saída acumulada para R$ 29,9 bilhões no ano.

“Este movimento acaba sendo influenciado pela expectativa de queda dos juros nos EUA e redução dos ruídos relacionados a condução de política fiscal no país. Em relação aos investidores institucionais, houve uma saída de R$ 4,4 bilhões, enquanto as pessoas físicas venderam R$ 2,1 bilhões”, aponta a Genial.

O saldo anual para os investidores institucionais indica uma saída de R$ 16,3 bilhões, com um acumulado negativo em agosto de R$ 11,4 bilhões. “Para os investidores pessoa física, o saldo acumulado no ano está em R$ 20,3 bilhões, com R$ 3,2 bilhões de saída em agosto. Se confirmada, essa saída do pessoa física seria a primeira desde dezembro do passado em linha com a bolsa brasileira buscando a máxima histórica”, aponta a casa de research.

Fonte: InfoMoney