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Setembro 18, 2024
Notícias

EUA elaboram novas sanções contra venezuelanos após eleições contestadas

  • Setembro 3, 2024
  • 4 min leitura
EUA elaboram novas sanções contra venezuelanos após eleições contestadas

Os EUA estão preparando o terreno para novas sanções contra funcionários do governo venezuelano em resposta à contestada reeleição de Nicolás Maduro em julho.

O Departamento do Tesouro está perto de anunciar 15 sanções individuais contra autoridades afiliadas a Maduro que, segundo ele, “obstruíram a realização de eleições presidenciais livres e justas”, de acordo com documentos vistos pela Bloomberg.

Além disso, o Departamento de Estado planeja impor restrições de visto a 34 parentes de funcionários do governo, de acordo com duas pessoas com conhecimento do assunto, que pediram para não serem identificadas porque não estão autorizadas a falar publicamente.

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As medidas visam os principais líderes que os EUA dizem ter colaborado com Maduro para minar a votação de 28 de julho, uma lista que inclui membros da autoridade eleitoral, do tribunal superior da Venezuela, da Assembleia Nacional e da polícia de inteligência militar, conhecida como SEBIN e DGCIM. Os planos podem ser anunciados ainda esta semana e podem mudar antes de serem finalizados.

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A última onda de sanções ocorre um mês depois que a autoridade eleitoral declarou que Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo, apesar de os dados eleitorais publicados pela oposição sugerirem que ele perdeu por uma ampla margem.

Protestos contra a reivindicação de vitória de Maduro varreram a capital Caracas e outras cidades nos dias após a votação, com mais de 2.400 venezuelanos presos — incluindo mais de 100 menores de idade — na repressão mais feroz de seu governo de 11 anos.

Os EUA e outros questionaram a legitimidade da contagem de votos, e alguns aliados de Maduro pediram ao governo que divulgasse as tabulações dos votos. Na segunda-feira (2), o governo de Maduro ordenou a prisão do candidato presidencial Edmundo González, o vencedor da votação de acordo com os EUA e outros.

Um assessor de imprensa do Departamento do Tesouro se recusou a comentar, e um representante do governo da Venezuela não respondeu aos pedidos de comentários. Um funcionário do Departamento de Estado disse que a agência não avisa com antecedência sobre as ações de sanções.

Entre os que devem ser sancionados estão:

  • O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil;
  • O governador do estado de Miranda, Héctor Rodríguez;
  • A presidente da Suprema Corte, Caryslia Rodríguez;
  • A diretora do conselho eleitoral Rosalba Gil; e
  • O vice-presidente da Assembleia Nacional, Pedro Infante.

A Bloomberg não conseguiu contatá-los imediatamente na noite de segunda-feira.

A lista de indivíduos sancionados também incluiria um grupo de oficiais militares por trás da repressão, perseguição, prisão e tortura de dissidentes de Maduro. Os EUA também estão preparando outra lista de sanções contra os principais financiadores do regime, disseram as fontes.

De acordo com os documentos, os EUA veem as autoridades como tendo apoiado Maduro na quebra de um acordo de outubro entre seu governo e a oposição para garantir uma votação mais livre e justa.

Na segunda-feira, o Departamento de Justiça dos EUA apreendeu um dos aviões de Maduro, um jato Dassault Falcon 900EX, depois de concluir que foi comprado e operado em violação às sanções dos EUA. O jato, que voou para a Flórida, foi apreendido no início deste ano pela polícia na República Dominicana quando pousou em Santo Domingo.

© 2024 Bloomberg L.P.