entenda como funciona o rally de alta e de baixa no trading
Além das estruturas de tendência de mercado de suporte e resistência, oferta e demanda, existe também a de rally base rally / queda base queda. Essa é uma estrutura de mercado que pode influenciar as tendências, oferecendo oportunidades para traders, tanto em cenários de alta quanto de baixa.
Estrutura de tendência de alta rally base rally
Na estrutura de tendência de alta rally base rally, o mercado apresenta movimentos sucessivos de valorização.
Essa estrutura é formada após um forte movimento de alta (rally) em que o preço faz uma leve correção ou lateralização (a base), seguida por uma nova perna de alta que ultrapassa o topo anterior de forma significativa (rally).
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A sequência desses movimentos reflete a persistência da força compradora no mercado, indicando que os investidores continuam otimistas e dispostos a pagar preços mais altos.
A característica central do rally base rally é que, durante a correção, os preços não voltam a testar o topo rompido anteriormente. Dessa maneira, a correção do movimento forma um pequeno retângulo, antes de iniciar um novo movimento ascendente. Essa formação demonstra que a demanda está claramente superando a oferta, mantendo a tendência de alta intacta.
Na análise técnica clássica, o rally base rally é frequentemente comparado ao padrão Mastro e Bandeira, onde o “mastro” representa o movimento inicial de alta, e a “bandeira” corresponde à correção temporária, antes da continuidade da tendência de alta. Em outras palavras, o rally base rally pode ser entendido como uma figura gráfica de bandeira de alta, uma formação que indica a consolidação do movimento ascendente antes de uma nova alta.
Esse padrão é uma indicação clara de que a força compradora continua dominante, com os preços impulsionados para patamares cada vez mais elevados.
Queda base queda: o ciclo de baixa do mercado
A estrutura de tendência de baixa de queda base queda é o inverso do rally base rally, representando uma tendência de baixa no mercado.
Nesse cenário, o mercado apresenta um movimento inicial de queda acentuada (queda), seguido por um período de consolidação (a base), para depois continuar caindo em uma nova perna que aprofunda o movimento anterior (queda).
Semelhante ao comportamento da alta, a estrutura de queda base queda apresenta um mercado que, após a primeira queda, lateraliza. No entanto, o próximo movimento corretivo não consegue corrigir até o fundo anterior. Em seguida, ocorre outra queda acentuada, refletindo uma força contínua dos vendedores que dominam o mercado, empurrando os preços ainda mais para baixo.
Essa estrutura, assim como o rally base rally, pode ser comparada a uma bandeira de baixa na análise técnica. Na queda base queda, o “mastro” seria a queda inicial e a “base” corresponderia à correção lateral antes da nova queda. Essa configuração sugere que o mercado está em forte tendência de baixa e que a próxima etapa provavelmente será uma nova desvalorização.
A queda base queda é um sinal de que a pressão de venda é dominante, com a oferta superando a demanda, resultando em quedas contínuas no preço dos ativos. Assim como no padrão rally base rally, a identificação correta da queda base queda ajuda os traders a reconhecerem a força da tendência e a ajustar suas estratégias.
Saiba mais:
Como operar a estrutura de tendência de rally base rally e queda base queda
Operar essas duas estruturas de tendência de alta e baixa pode ser uma estratégia altamente eficaz, pois elas representam uma breve pausa na tendência predominante, oferecendo aos traders a oportunidade de entrar no mercado na direção correta, aproveitando a continuação do movimento.
Operacional de rally base rally
O rally base rally segue a mesma lógica operacional da figura gráfica bandeira de alta.
O objetivo principal do trader, ao identificar esse padrão, é entrar em uma posição de compra aproveitando a continuidade do movimento ascendente após uma leve correção ou lateralização dos preços.
O primeiro passo no operacional desse padrão é identificar um movimento forte de alta (o rally), seguido por uma correção curta ou um período de consolidação (a base). Essa base não deve corrigir até o topo anterior, o que confirma que a tendência de alta permanece intacta.
A entrada na operação de compra ocorre quando o preço rompe a resistência da base, sinalizando que o mercado está retomando sua força compradora e os preços devem subir novamente.
Esse rompimento é o sinal de confirmação de que a tendência de alta vai continuar. O trader pode então definir o seu ponto de entrada no rompimento desse nível ou ligeiramente acima dele.
Para proteger-se de possíveis reversões inesperadas, o stop loss é colocado abaixo do suporte da base da consolidação.
Em relação ao alvo, o trader pode projetar o próximo movimento de alta medindo a altura do mastro (o primeiro rally). E, assim, aplicar essa mesma distância acima a partir do suporte da base para cima.
Fonte: Rocket Trader
No gráfico de 15 min de RENT3 acima, podemos identificar a estrutura de tendência de alta de rally base rally.
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Operacional de queda base queda
Por outro lado, o operacional queda base queda segue o mesmo princípio da bandeira de baixa, sendo o espelho do rally base rally, mas em uma tendência de queda.
O trader que opera essa estrutura busca lucrar com a continuação do movimento descendente. Nesse caso, o primeiro passo é identificar uma queda acentuada, seguida por uma consolidação ou leve correção, que forma a base. Assim como no rally base rally, a correção não deve alcançar o fundo anterior, indicando que a força de venda permanece forte.
A entrada na operação de venda ocorre no rompimento do suporte da base, indicando que a ponta vendedora está voltando a atuar, confirmando a continuidade da tendência de baixa. O trader entra na operação no rompimento desse suporte ou ligeiramente abaixo dele.
O stop loss é posicionado logo acima da resistência da base, protegendo a operação caso o mercado reverta e suba inesperadamente.
A projeção de queda, assim como no rally base rally, é feita medindo a altura do mastro (movimento inicial de queda) e projetando esse valor do ponto de resistência para baixo, para estimar o alvo da operação.
Diferença entre as estruturas de tendência
Na estrutura de suporte e resistência de tendência de alta, a cada movimento de correção, o topo anterior passa a atuar como suporte para o próximo movimento de alta. Esse processo de troca de polaridade — onde o topo rompido se torna um suporte — caracteriza uma tendência sólida e consistente.
Da mesma forma, na tendência de baixa, os fundos e topos descendentes indicam que o mercado está em queda, e o fundo rompido se transforma em resistência, reforçando o movimento de queda. Esse tipo de estrutura é considerado robusto, proporcionando pontos de entrada mais previsíveis para os traders.
Já na estrutura de oferta e demanda em uma tendência de alta, a correção do movimento não respeita o topo anterior, rompendo-o em busca de zonas de liquidez. A partir dessas zonas, a pressão compradora tende a retornar, impulsionando o mercado novamente para cima.
De maneira similar ocorre em uma tendência de baixa, o movimento de correção não respeita o fundo prévio e o ultrapassa em busca de zonas de liquidez, onde a pressão vendedora tende a voltar a atuar fazendo com que o mercado continue sua trajetória de queda.
Por fim, a estrutura rally base rally se assemelha à formação gráfica da bandeira de alta, onde, após um movimento forte de alta, ocorre uma breve consolidação sem que o preço retorne ao topo previamente rompido.
Da maneira inversa, a queda base queda é comparável à bandeira de baixa, em que após um movimento acentuado de queda, há uma leve correção lateral, sem que o preço volte a testar o fundo rompido anteriormente.
Oportunidades
Tanto o rally base rally quanto a queda base queda oferecem oportunidades claras para operar nas tendências predominantes, utilizando estratégias clássicas de bandeira de alta e de bandeira baixa.
A identificação correta desses padrões e a aplicação disciplinada de suas estratégias operacionais permitem que o trader entre no mercado com mais confiança, seja em movimentos de alta ou de baixa, maximizando suas chances de sucesso enquanto gerencia adequadamente seus riscos.
Guia da análise técnica:
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