empresas mais voltadas para o consumo devem crescer seus lucros em 30% esse ano
A estrategista de ações da XP, Jennie Li, afirmou que os mercados globais tiveram em setembro um período bem positivo e que esse movimento de alta deve continuar.
“No final do mês (de setembro), a gente teve um grande tema, que foi o anúncio de estímulos monetário e fiscal da China. Isso fez como que os mercados acionários chineses se recuperarem fortemente. Papéis que estão expostos a China também tiveram uma alta muito forte, como setor de mineração”, disse ela, durante o programa Morning Call da XP, desta terça-feira (1).
Brasil
O Brasil, ao contrário, teve um movimento mais negativo em setembro, se beneficiando menos do que ocorreu lá fora, segundo a estrategista.
“Em dólar, o Ibovespa ficou praticamente de lado e em reais o Ibovespa caiu 3%. A gente acabou bastante pressionado por fatores domésticos, tanto por conta dos riscos fiscais como pelo fato de termos elevado nossa taxa de juros, enquanto lá fora elas estão caindo”, analisou.
Por conta desse cenário, a XP anunciou nova projeção do Ibovespa para os próximos 12 meses, reduzindo o potencial de alcance do índice de 155 mil pontos para 150 mil pontos.
Oportunidade para investidores
Por outro lado, a analista avalia que há grande oportunidade para investidores se aproveitarem do prêmio de risco maior das empresas aqui no país.
“A gente vê na bolsa várias ações brasileiras com uma taxa interna de retorno (TIR) muito atrativa, perto da casa dos 11% versus as debêntures emitidas pelas mesmas empresas, com uma taxa de retorno bem menor do que seus papeis (na bolsa)”, comentou.
Segundo análise da XP, enquanto os spreads de crédito estão perto das mínimas históricas, o prêmio de risco de ações está perto das máximas.
Micro positivo
“A gente projeta que as empresas mais voltadas para o consumo, excluindo as commodities, vão crescer seus lucros na casa de 30% nesse ano e em cerca de 15% em 2025”, afirmou.
A estrategista aponta que o cenário macro continua bastante pressionado por conta dos riscos que se tem à frente, mas no micro as empresas continuam “relativamente saudáveis”.
A XP crê que a dinâmica de lucros no curto prazo ainda é positiva e sólida.
“Quando se olha para o consenso de mercado, a gente já está vendo algumas revisões para baixo para 2024, enquanto que para 2025 as estimativas continuam estáveis”, disse.
“Mas para o ano que vem a gente vê alguns riscos. Vamos ter taxas de juros mais altas e uma desaceleração econômica pela a frente”, complementou.
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