Em Criciúma, Mycael salva o Athletico da humilhação
Não há nada pior do que sentir vergonha do futebol jogado pelo seu time. Esse deve ter sido o sentimento dos atleticanos vendo o Furacão jogar em Criciúma, pelo Brasileirão.
Não por ter empatado sem gols. Vamos e venhamos: o Athletico foi tão desorganizado e tão desalmado, que o empate acabou sendo uma benção divina.
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O pote de água benta estava com Mycael. As suas defesas salvaram o Furacão de ser humilhado pelo fraco Criciúma, que subiu na bolsa de apostas para ser rebaixado à Segundona.
O que acontece com o Athletico?
São sete jogos sem vitória no Brasileirão. Incapaz de combater esse roteiro negativo, a cada rodada cria dependência do fracasso de outros para não entrar na zona de rebaixamento. No futebol, não há nada pior do que depender do fracasso alheio.
E no entanto, ninguém faz nada. O presidente Petraglia e o diretor técnico Paulo Autuori assistem ao treinador Martín Varini afogar o Furacão. Parecem ignorar os números, parecem não acreditar que o mal pior pode ocorrer com o clube.
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A inexperiência de Varini, agora, soma-se a sua teimosia. Escalar Di Yorio e mantê-lo depois de jogadas circenses, durante 80 minutos, em Criciúma, foi uma provocação à torcida.
Inexperiente e teimoso, Varini é também medroso e inseguro. Pressionado pela proposta de fazer Erick lateral, voltou com Madson. Ficou pior. O time é uma bagunça. Não há ordem, só há desordem que diminui a qualidade dos jogadores, que já é duvidosa.
O importante é o jogo contra o Racing, pela Sul-Americana. É uma prova de que no Athletico está se vivendo mais de enganos do que de verdades.
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