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Out 20, 2024
Investimentos

China preocupa, mas país está no caminho certo rumo à produtividade, diz gestor

  • Outubro 20, 2024
  • 3 min leitura
China preocupa, mas país está no caminho certo rumo à produtividade, diz gestor





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O cenário econômico na China é sempre de difícil leitura. “É uma caixa preta. A gente sempre brinca que o estatístico chinês é o melhor do mundo. Eles soltam o dado do PIB no dia seguinte quando termina o trimestre, enquanto o resto do mundo divulga um mês depois”, compara João Laudau, sócio-fundador da Vista Capital.

“A gente zerou nossa posição de petróleo há um ano e meio, já com essa preocupação (com a desaceleração na China)”, conta. O gestor conta que o ceticismo com os chineses se deve principalmente na parte imobiliária. “Eles construíram uma quantidade de imóvel descomunal e ele vão ter que desacelerar”, diz.

“Não tem mais onde investir (em infraestrutura). Já tem 10% dos imóveis vazios (na China)”, acrescenta.

Landau participou do episódio 259 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter, quando mostrou preocupação com o Brasil e as medidas para conter a inflação.

Aumento da dívida

Para o gestor, a China ou corria risco de continuar investindo em infraestrutura e no setor imobiliário com retorno baixo e crescimento da dívida, ou mudava seu foco econômico.

“A gente começou a ver em 2023 a transformação na China. A grande questão é se a China vai para (sociedade de) consumo. Mas não há sinais claros disso. Então, a china vai quebrar? Acho que não”, analisa.

Para ele, a China continuou o investimento, mas ela trocou o tipo. “No mundo, tem os países que produzem commodities, como o Brasil, África do Sul, Rússia. Tem o país que faz um pouco de valor agregado, que é a China. Tem o mundo que faz tecnologia de primeiro nível, que é basicamente a Europa, na Alemanha. E os Estados Unidos fazem todos”, explica.

“A China está tentando subir de nível. Investiu muito fazendo aço e prédio e agora quer subir (para outro patamar). O grande perdedor nisso nos parece a Alemanha”, avalia.

Segundo João Landau, há um foco de investimento “muito violento” na China de melhorar a tecnologia e tornar-se independente energeticamente. “A dúvida que se tem hoje em dia é será suficiente (esse esforço) para o PIB (chinês) não cair”, diz.

“As pessoas se preocupam muito com a piora da economia chinesa, mas acho que eles estão fazendo o correto. Quando se investe em tecnologia, energia etc. se está aumentando a produtividade do país.”

As consequências para o mundo, no entanto, com essa mudança de foco da economia chinesa, inclusive com exportação, segundo João Landau, pode gerar uma deflação muito grande no mundo.

Mas para o Brasil, que é importador de tecnologia, o gestor acha que o cenário é benéfico.

“Vai ser desafiante para outras partes do mundo acompanharem o progresso chinês. Não tenho ceticismo com a China. Estão no caminho da produtividade, mas vai ser um desafio para o mundo”, ressalta.

Fonte: InfoMoney

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