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Nov 22, 2024
Mercados

BofA segue com compra em Brasil em carteira para América Latina, mas corta Vale

  • Setembro 4, 2024
  • 3 min leitura
BofA segue com compra em Brasil em carteira para América Latina, mas corta Vale

Os estrategistas do Bank of America (BofA) mantiveram exposição overweight (acima da média do mercado, ou equivalente à compra) em Brasil dentro da carteira de América Latina, mas cortando exposição em Vale (VALE3).

O rali do Ibovespa está “à espera”, pois as taxas de longo prazo aumentaram, avaliam os estrategistas.

O Ibovespa se recuperou no início de agosto, atingindo máximas históricas, pois as taxas nos EUA e no Brasil começaram a cair. Mas, nas últimas 3 semanas, as taxas do Brasil em dez anos subiram 70 pontos-base. “No futuro, achamos que o Brasil pode ser um beneficiário de taxas globais mais baixas”, avalia o banco.

O BofA ressalta estar overweight em Brasil pois gosta de bancos, nomes relacionados a taxas de juros e construtivos sobre a força do consumo. “Apesar da falta de compradores marginais, os fundamentos no país são relativamente fortes. As avaliações permanecem descontadas e as empresas nacionais continuam a mostrar recuperação de lucros”, aponta o banco.

Por outro lado, cortou a exposição em Vale de marketweight (exposição em linha com o mercado) para underweight (exposição abaixo do mercado) em sua carteira devido à perspectiva mais fraca para a China.

“Os formuladores de políticas estão relutantes em intensificar a flexibilização, notavelmente em meio ao fraco crescimento orgânico. Também vemos uma perspectiva pouco inspiradora para o minério de ferro (que está em queda de 34% no acumulado do ano)”, avalia a equipe de estratégia do banco.

De acordo com os estrategistas, todos os olhos estão agora voltados para o Federal Reserve.

“Nós acreditamos que se o Fed cortar em um cenário de pouso suave (da economia dos Estados Unidos), isso pode ser positivo para os mercados latino-americanos. Mas fatores locais também importam”, observaram no relatório.

No Brasil, eles avaliam que os mercados já precificaram aumentos da Selic, enquanto monitoram receios sobre política fiscal.

O banco segue marketweight no México e gosta da grande variedade de opções defensivas no país, com muitas companhias geradoras de fluxo de caixa livre e ganhadoras em dólar. “Monitoramos vários eventos internos no México para este ano. Para o 2S24, esperamos que a volatilidade permaneça alta, pois o país está entrando em um calendário político movimentado”, ressalta.

Na Argentina, mantém overweight (não em MSCI LatAm), pois os estrategistas estão mais construtivos em termos macro. Entre outros países, o banco é underweight no Chile e não tem exposição no Peru e na Colômbia.

Confira as ações brasileiras que estão no portfólio do BofA:

Carteira de setembro de 2024 do BofA

(com Reuters)

Fonte: InfoMoney