Athletico ganha e segue na Sula, jogando como argentino
Coisas estranhas aconteceram com o Athletico em Córdoba. O seu errante treinador Martín Varini, enfim, fez a coisa certa. Por precisar de um empate, o Athletico não foi exposto a riscos. Instalado atrás, ao invés de cercar, marcou. Ao invés de avançar a marcação, deu campo e a bola para o Belgrano. Frio, não se importava com a pressão. Inteligente, trocava bolas e parava o jogo. Irritava os argentinos, tornando-os mais frágeis.
Coisas estranhas aconteceram com o Athletico, em Cordóba. Desde os 21 minutos de jogo, ficou com dez jogadores, sem Esquivel, expulso. Nessas contradições que só o futebol é capaz de provocar, sem conseguir explicar a expulsão, resolveu um problema que iria surgir: em jogo de marcação e de contato, sem espaço para ter técnica, Zapelli era pouco útil. Para Fernando recompor atrás, Zapelli saiu. O estranho é que com dez, o Furacão ficou mais sólido na marcação e na proteção da zaga.
Coisas estranhas continuaram acontecendo com o Athletico, em Córdoba. Já com Fernandinho acusando dores na perna esquerda, o Furacão corria riscos. Mas, o velho Thiago Heleno jogava como uma criança. Então, aos nove minutos, deu um lançamento de 60 metros buscando Mastriani. Na falha da zaga, o uruguaio fez 1 a 0.
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Coisas estranhas não paravam de acontecer com o Athletico, em Córdoba. Já sem Cuello e Canobbio, o esquisito Di Yorio entrou para ficar esperando por uma bola. À essa altura, o Belgrano já estava entregue. Mas, a bola que Di Yorio esperava ainda iria chegar. E chegou para o argentino só encostar para as redes, aos 89 minutos, 2×0.
Com a garra, a marcação, a catimba e o contra-ataque, o Athletico foi mais argentino que o Belgrano. Como Varini desta vez não errou, só a vitória do Furacão não foi estranha, por ser um time tecnicamente superior ao Belgrano.
Há previsão de que, contra o Racing, a história será outra. Sei lá! De repente, coisas estranhas voltarão a acontecer com o Athletico. Thiago Heleno foi o melhor do jogo.
