Após decisão do STJD, Alef Manga rompe com advogado
O retorno de Alef Manga ao Coritiba já tem data para acontecer: 26 de setembro. Nesta quarta-feira (28), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negou um pedido feito pela defesa do atleta para a conversão de pena do atacante.
Com isso, ele terá que cumprir a punição de forma integral até o dia 25 de setembro. A decisão do Tribunal levou em conta o período em que Manga atuou pelo Pafos FC, do Chipre, como não cumprimento total da pena.
Sem jogar no Brasil desde julho do ano passado, o jogador se pronunciou sobre a decisão nas redes sociais e pediu desculpas novamente à torcida. Em todo o período de punição, Manga tem sido ativo na internet, demonstrando o desejo de reintegrar o Coxa na briga pelo acesso na Série B.
“Deus sabe de todas as coisas! Tudo acontece no tempo de Deus. Sempre foi assim em minha vida e sempre será. Dia 26 de setembro, estarei no Couto fazendo o que mais amo novamente junto a todos vocês[…]”, escreveu em sua conta no Instagram.
“São praticamente 10 anos de carreira profissional. Cometi durante todo esse tempo apenas um erro e estou pagando por ele. Já me desculpei algumas vezes e gostaria de pedir perdão novamente à torcida Coxa. Que venha 26/9 e que consigamos o acesso“, completou.
Após novela, Manga dispensou advogado
O jogador também informou, por meio das redes sociais, que encerrou os trabalhos com o advogado Jeffrey Chiquini. O profissional representava o atleta no início da investigação, mas deixou o caso na época, e retomou o trabalho com Alef Manga neste ano.
Agora, foi decisão do jogador por não seguir com a assessoria, alegando “descontentamento com a condução do caso ao longo do tempo, sem que o principal objetivo, a conversão do pena, fosse alcançado”. Chiquini defendia que Manga já poderia voltar ao futebol, mesmo sem uma garantia do STJD, e o Coxa prezou pela segurança jurídica no caso, esperando uma posição oficial do órgão.
Na sessão desta quarta-feira, o STJD deixou claro que Manga estaria atuando irregularmente caso já tivesse sido reintegrado ao clube e o Coxa perderia três pontos a cada partida que o atacante jogasse. Como o Coxa tem 33 pontos somados até aqui, o uso do jogador poderia, inclusive, resultar no rebaixamento para a Série C.
Caso Manga resultou em divergência interna no Coritiba
O caso de Manga chegou a ser pivô de uma discordância interna no clube, em julho, que culminou na saída do CEO Carlos Amodeo. Na época, Chiquini publicou em uma rede social que o ex-diretor de futebol Paulo Autuori e William Thomas não gostariam do retorno do jogador.
Em contrapartida, Autuori publicou um vídeo em que indicava portas fechadas para Manga. A posição mostrava uma divergência interna entre Autuori e Amodeo, que já havia falado sobre o retorno do atleta e a possibilidade de uma “segunda chance”.
Diante do cenário, o retorno de Manga pareceu remoto, e o jogador chegou a ser afastado dos treinos no CT, para fazer as atividades no Couto Pereira. No entanto, com a posterior saída de Autuori do clube, no fim de julho, a posição do Coxa em relação à reintegração do atleta mudou e o departamento jurídico do clube entrou em ação direta na questão, com o pedido de nova análise do caso no STJD.
Confira a nota de Alef Manga
“Eu, Alef Manga, venho a público informar que, após muito reflexão, decidi encerrar a minha parceria com o advogado Jeffrey Chiquini e seu escritório, no âmbito do Caso Operação Penalidade Máxima.
Essa decisão foi motivada pelo meu descontentamento com a condução do caso ao longo do tempo, sem que o principal objetivo, a conversão do pena, fosse alcançado. Acredito que este é o momento de buscar novos
alternativas. Agradeço a compreensão de todos e o carinho da torcida do Coritiba comigo ao longo desse momento difícil.
Atenciosamente, Alef Manga”
Veja a posição de Jeffrey Chiquini
“Tenho uma carreira sólida e competência reconhecida como advogado e professor de Direito.
Coloquei as minhas credenciais em defesa do atleta Alef Manga. O STJD entendeu que Manga deve cumprir pena por manipulação de resultados até 25 de Setembro. Cumpri meu ofício com muita dedicação. Como ensinou o professor Evandro Lins e Silva, ‘das defesas não me arrependo de nenhuma’.
Desejo sorte ao jovem Alef Manga”