analistas estão otimistas – e dado de julho reforça visão

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou a base de dados de dados do mercado de telecomunicações brasileiro de julho de 2024.

O Goldman Sachs destacou que o desempenho forte Vivo (VIVT3) tanto no pós-pago móvel quanto na banda larga fixa, bem como as melhorias da Claro na banda larga, mas desaceleração no pós-pago móvel.

Já a TIM (TIMS3), na avaliação do Goldman Sachs, manteve ganhos sólidos no segmento pós-pago.

Na operação móvel, o crescimento do pós-pago continua forte em todo o mercado, liderado pela Vivo (+363 mil adições líquidas não-M2M, nível semelhante ao de junho), seguida pela TIM (+182 mil, desacelerando em relação a +192 mil em junho, mas ainda acima da média dos últimos doze meses, ou LTM) e Claro (+105 mil, desacelerando em relação a +155 mil em junho e em relação a +267 mil na média LTM). As perdas líquidas pré-pagas desaceleraram sequencialmente, embora acima da maioria dos trimestres anteriores.

Com relação à banda larga, a Claro acelerou suas adições líquidas em julho para 26 mil (em comparação com +15 mil em junho), enquanto a Vivo adicionou +53 mil (mesmo ritmo que em junho).

Para TV por assinatura, a tendência de corte de cabo persiste (total de assinantes -19,4% na base anual em julho, em comparação com -18,7% em junho), impulsionada pela Oi (OIBR3) (-70 mil desconexões líquidas), Claro (-60 mil) e Sky Brasil (-57 mil).

A XP Investimentos, por sua vez, pontua que entre os provedores listados, a Desktop (DESK3) teve o melhor desempenho em termos de crescimento orgânico em banda larga, adicionando 12,2 mil clientes, em comparação com 9,8 mil em junnho de 2024. A Brisanet (BRIT3) relatou 10,8 mil adições líquidas em julho e a Unifique (FIQE3) adicionou cerca de 5,2 mil clientes.

Em termos de participação de mercado, a Vivo detém atualmente uma participação de mercado de 38,7% (pré-pago + pós-pago), enquanto a Claro tem 33,7% e a TIM 23,7%.

Entre os provedores de internet, a Vivo manteve sua liderança em termos de crescimento, adicionando 67,0 mil clientes em julho, seguida pela Claro com 49,6 mil. Os clientes de fibra ótica representam 15,8% dos clientes totais da Claro em julho (contra 11,1% em jul/23), e a TIM adicionou 2,7 mil.

Já o Bradesco BBI comenta que a competição no setor móvel continua racional e o ciclo de investimentos 5G provou ser menos intensivos do que os anteriores.

O BBI também disse ver o setor de telecomunicações com uma alternativa atraente aos títulos indexados à inflação, pois possuem um perfil de baixa risco, devem superar a inflação em 2 pontos percentuais e apresentar altos rendimentos de dividendos de aproximadamente 9% para Vivo e 11% para TIM no próximo ano.

Com base nessa perspectiva, o BBI reiterou recomendação de compra Vivo e TIM, com preço-alvo de, respectivamente, R$ 64 e R$ 22.