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Outubro 7, 2024
Mercados

alta incerteza no curto prazo

  • Outubro 2, 2024
  • 2 min leitura
alta incerteza no curto prazo





Conteúdo XP

A XP rebaixou a recomendação da M. Dias Branco (MDIA3) de compra para neutro, com preço-alvo de R$ 31,30/ação. Pedro Fonseca, analista de alimentos da XP, que participou nesta quarta-feira (2) do Morning Call da XP, explicou os motivos que levaram a casa à mudança.

“Enxergamos uma assimetria negativa e a alta incerteza associada à dinâmica de resultado de curto prazo para a companhia”, disse, acrescentando que o cenário macro adverso cria dificuldades à empresa de alimentos.

M. Dias Branco: Cenário macro adverso

“A gente vê ventos contrários, como a alta de preço de commodities, particularmente trigo, óleo de palma e açúcar, que deve ser impulsionada pela depreciação do real, com câmbio mais desfavorável”, disse.

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“Ao mesmo tempo, a companhia e o mercado como um todo têm tido uma dificuldade muito grande para repassar preço na ponta”, complementou. Segundo ele, não se viu ainda nenhum dado que revele um movimento favorável de repasse de preço.

Despesas de vendas aumentaram

O recente aumento nos preços do trigo permitiu que a empresa implementasse novos aumentos de preços, que se espera que seja parcialmente percebido no 3º trimestre de 2024. Mas a XP afirma que esse movimento de preços ainda não está refletido nos dados do IPCA, o que representa um risco potencial para os volumes no segundo semestre para a empresa.

“Essa dinâmica é um pouco mais negativa para a margem bruta. A frustração com o preço ao longo do ano fez com que as despesas de vendas atingissem um patamar bem alto na receita, o que traz uma dinâmica negativa final para as margens, tanto operacional como de lucro”, comentou.

As estimativas da XP para o Ebitda da M. Dias Branco estão 8% abaixo do consenso de mercado, tanto para o 3º trimestre como para 2024. 

“Por conta dessa assimetria negativa e alta incerteza ligada à dinâmica de resultado, a gente não vê catalizadores claros para o papel”, afirmou.

Fonte: InfoMoney