Coordenador do Coaf é exonerado; PF teme por investigações sobre lavagem de dinheiro
A Polícia Federal (PF) acendeu o sinal de alerta ao tomar conhecimento da exoneração do coordenador-geral de Operações Especiais da Diretoria de Inteligência Financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), João Carlos Coelho, na última sexta-feira (26).
Segundo informações publicadas no blog da jornalista Andréia Sadi, no G1, a saída de Coelho do comando do órgão surpreendeu a PF. Alguns agentes da corporação classificaram a exoneração, publicada no Diário Oficial da União, como “inexplicável”.
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O Coaf é um órgão do Banco Central (BC) que monitora transações financeiras. Os dados obtidos pelo conselho são considerados essenciais pela PF em muitas investigações, principalmente as relacionadas ao crime de lavagem de dinheiro.
Coelho estava no comando de uma área que contava com três membros da PF. Ele era apontado como um homem de confiança da corporação e também do Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com informações do blog, a justificativa para a exoneração teria sido administrativa. Até o momento, o Coaf não se manifestou sobre a saída de Coelho.
A exoneração do ex-coordenador de operações do Coaf foi publicada no Diário Oficial e é assinada pelo presidente do Coaf, Ricardo Liáo. Nos bastidores, informa a jornalista, a demissão tem sido atribuída a Silvia Amélia Fonseca de Oliveira, policial federal que atua à frente da Diretora de Inteligência Financeira do Coaf.
Em 2023, no início do primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Coaf passou a ser subordinado ao Ministério da Fazenda após uma reorganização ministerial. A Medida Provisória (MP) que determinou essa mudança, no entanto, perdeu a validade, e o órgão voltou a ficar sob o guarda-chuva do BC.