IRB (RE) tem lucro líquido de R$ 29 milhões em agosto e ações sobem

O IRB(RE) (IRBR3) teve lucro líquido de R$ 29 milhões em agosto, de acordo com dados divulgados pelo ressegurador na véspera, o que representa uma queda frente aos 33,6 milhões apurados no mês anterior.

Os prêmios emitidos somaram R$ 299,4 milhões, enquanto os prêmios retidos totalizaram R$ 219,8 milhões, de R$ 1,369 bilhão e R$ 516,1 milhões em julho. O índice de sinistralidade passou de 63,4% para 65,7% na comparação mensal.

Na visão de analistas do Citi, os resultados financeiros permaneceram sólidos, pavimentando um lucro antes de impostos (EBT) positivo. Com isso, às 11h28 (horário de Brasília), os ativos IRBR3 subiam 3,74%, a R$ 44,08.

“Os números operacionais do terceiro trimestre apoiam nosso otimismo e a taxa de execução implica um lucro líquido trimestral de cerca de R$ 95 milhões – acima da previsão do Citi de R$ 82 milhões”, afirmaram em nota a clientes.

“No entanto, reconhecemos que ainda pode haver alguma volatilidade mensal”, citaram Gabriel Gusan e Arnon Shirazi.

Após os dados de agosto, o BTG Pactual reforçou recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 55 e com expectativa de um bom 3T24.

“De modo geral, nossa visão sobre IRBR3 permanece positiva, apoiada pela elevação da taxa Selic no Brasil, o potencial de reversão adicional de sinistros relacionados ao RS já provisionados, uma menor sinistralidade nos segmentos agrícola e imobiliário, e uma recuperação contínua da receita líquida devido ao aumento da demanda por seguros/resseguros impulsionada pelos efeitos climáticos”, avalia o banco.

A perspectiva positiva é ainda reforçada pela maior confiança na equipe de gestão, liderada pelo CEO Marcos Falcão e pelo VP de Resseguros Daniel Castillo. “Por outro lado, ainda há visibilidade limitada quanto ao ROE [retorno sobre o patrimônio] sustentável da IRB. No entanto, com um valor de mercado de ‘apenas’ US$ 615 milhões — apesar de ser líder em resseguros no Brasil — achamos as ações atraentes a 6,9 vezes o preço sobre lucro esperado para 2025, com base no lucro/ROE que ainda não são considerados ‘níveis recorrentes’ (o que significa que há potencial para maior crescimento do ROE nos próximos anos)”, ressalta o banco.

Até o momento, o IRBR3 subiu cerca de 1% no ano, em comparação a um grupo de seguros concorrente (no Brasil) que subiu mais de 10%, outro indicador que faz o banco acreditar que há espaço para mais valorização.

O IRB(RE) reporta resultado do terceiro trimestre em 12 de novembro. Na véspera, as ações fecharam a R$ 42,49, acumulando no ano um declínio de 4%.

(com Reuters)