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Nov 22, 2024
Notícias

Jogo do bicho era usado para lavagem de dinheiro pela Esportes da Sorte, diz polícia

  • Setembro 6, 2024
  • 2 min leitura
Jogo do bicho era usado para lavagem de dinheiro pela Esportes da Sorte, diz polícia

A operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco na quarta-feira (4), que investiga uma suposta organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro, teve início após a apreensão de R$ 180 mil em uma banca de jogo do bicho, a Caminho da Sorte, em dezembro de 2022, segundo informações da Folha de S.Paulo.

A banca fica no bairro de Afogados, em Recife, e pertence a Darwin Henrique da Silva, pai do dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, que se entregou à polícia na quinta-feira (5).

A investigação revelou um caderno com anotações de apostas e prêmios, segundo a Folha, além de documentos que mostram a relação entre a Caminho da Sorte e a empresa de apostas Esportes da Sorte.

A polícia identificou que as anotações de apostas na banca somaram R$ 11,5 milhões entre janeiro e novembro de 2022. O delegado Paulo Gondim destacou que as apostas na Esportes da Sorte (jogos de azar), feitas em bancas de jogo do bicho, são proibidas por lei, tipificadas como contravenção penal.

O delegado ainda frisou em entrevista à Folha que a regulamentação das apostas esportivas não legalizou esse tipo de atividade – a aposta em jogos de azar em bancas de jogo do bicho.

A Esportes da Sorte, alvo de busca e apreensão, afirmou que tem colaborado com as investigações e que as acusações são baseadas em interpretações equivocadas. A empresa é registrada em Curaçao, no Caribe, mas a Polícia Civil alega que a situação configura crime na legislação brasileira, uma vez que as operações são realizadas em Recife.

Os investigadores também apontaram que Darwin Henrique da Silva introduziu um novo modelo de jogo do bicho informatizado em Fortaleza, no Ceará, que aumenta a premiação dos apostadores. Além disso, foram identificados depósitos fragmentados em contas de intermediários, usados para ocultar a origem dos recursos.

A operação também mirou influenciadores, como a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, que foi presa.

Os advogados dos envolvidos contestam as alegações, afirmando que as estruturas das empresas são distintas. Darwin Filho publicou uma carta defendendo a legalidade de suas atividades e ressaltando a importância de separar sua atuação de organizações criminosas.